quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Não sou a mudança que quero para o mundo, sou a mudança que quero para mim

 


Eu não tinha uma imagem muito boa para este post, então acabei achando esta que até faz sentido. (é de uma questão do ENEM de 2020, haha). Acho engraçado como as coisas são nessa nossa existência, como o universo funciona de uma forma que é impossível explicar. Acho que quando dizem que nossa vida é uma montanha russa, eles estão cheios de razão. A minha montanha russa da vida está meio desregulada, então estou descendo do carrinho para ir até o painel de controle ver o que pode ser feito. Até segunda ordem, estamos em manutenção para voltar a ser divertido e não assustador. 

Desde agosto foi quando minha vida começou a mudar. Na verdade, talvez desde o início do ano. Quando paramos para analisar os dias, semanas, o ano, acabamos achando que estamos vivendo um período ruim, mas isso é porque acabamos lembrando apenas das coisas boas que ocorreram e esquecemos todas as merdas que já vinham acontecendo, mesmo que de background. Pense, a vida é como um ator que começa como coadjuvante. Uma hora, ele se torna protagonista, sim, ele se torna, você querendo ou não, e talvez quando isso acontecer o seu papel seja o de vilão. E aí, você vai estar preparado para dirigir esse ator na novela da sua vida? Ninguém é imune a problemas.

Mesmo não falando, tem coisas que são muito perceptíveis, até mesmo para as pessoas que acham que está tudo bem. Chega uma hora que você transborda, você cai. Me despir de tudo que me impede de crescer, amadurecer e mudar é muito, muito difícil. É doloroso, exige força e coragem. Eu não consigo dizer “não quero”, “não vou”. Eu tenho medo. Medo de ficar sozinho, medo de magoar ou irritar a outra pessoa. Medo de não saber como é a vida do outro jeito. Mas e eu? Onde estou ficando nisso tudo? Os anos da minha vida estão passando e eu cheguei a conclusão que estou sendo um simples telespectador do que os outros querem que eu faça, que eu seja (acabei de refletir sobre isso enquanto relia para postar e coincidentemente, a música que está tocando me ajudou, às vezes quem está por perto também precisa de uma mão amiga). E eu simplesmente cansei, cansei desse Higor.

Eu sei que as decisões que eu tomar daqui para frente vão ter consequências, que terei de abrir mão de muitas coisas e talvez eu não esteja preparado para lidar com tudo isso, mas será que elas vão doer mais do que toda a dor que já estou guardando dentro de mim há tempos? Esse não sou eu. Eu sinto muita, muita saudade do Higor. Da minha natureza. Eu parei de regar uma árvore plantada em 1995 para admirar a árvore do jardim vizinho e olha o tanto que isso impactou a minha vida. Olha a situação em que me encontro: estou com uma lista enorme de afazeres na minha frente e quantas destas são para o meu bem próprio? O quanto de pessoas eu estou decepcionando e chateando por decisões não pensadas?

Eu quero voltar para mim. Quero me olhar no espelho e voltar a me sentir bonito, saber que aquele para quem estou olhando é quem realmente sou, que sabe o que quer e toma suas próprias decisões, não quem eu finjo ser para agradar terceiros, quartos, quintos ou sextos. Eu preciso dar as costas para o gramado do outro e voltar a cuidar da minha planta, porque ela realmente está precisando de cuidados. Não vou mais ficar quieto diante do que não quero e sei que isso poder gerar diversos conflitos, mas não aguento mais sentar sobre um tapete com uma grande elevação de conflitos que já joguei para baixo dele. As dores vieram à tona e com ela os esclarecimentos, as decisões, os pensamentos. SEJA FORTE E REAJA! Se precisar, dê um tapa na sua própria cara e diga: COM VOCÊ, NÃO, NÃO MAIS! Esse não é a pessoa que você queria ser quando criança, não é quem você quer ser, NÃO É QUEM VOCÊ PODE SER.

Quando comecei esse texto, não sabia o que colocar no título e ainda não sei, mas ao dar play no Spotify hoje, a primeira música que recebi do aleatório foi muito simbólica:

 
A letra? Bastante clara, não é? Trabalho com bruxaria natural e sou umbandista, e ontem, pedindo um sinal para o universo, a primeira música que recebi, também do Spotify, foi essa: 

 
Coincidências? Sinais? Simbolismos? Não sei, sei que do jeito que está não pode continuar. Não quero mais tratar mal quem não tem a ver com minhas questões, não quero ser estressado, nervoso, triste ou amargurado. Não quero ficar xingando ou fazendo as coisas que não estou realmente a fim de fazer, porque estaria dizendo sim para os outros e não para mim. Quero ser eu.

Acho que esse texto/desabafo já está enoooooooorme, chega de palavras e vamos de atitudes, não é? Pois, então. Sei que as mudanças estão começando a vir de dentro para fora e cansei de viver com medo de consequências que não sei se são reais. Cansei de ser personagem na vida dos outros, cansei de ser vilão por atitudes não pensadas, por não querer fazer algo e ficar mal por isso. Como disse a Jô, uma taróloga de quem gosto muito: APRENDA A DIZER NÃO. Vamos testar como é viver leve, sendo verdadeiro, transparente, viver para si e deixar que essa transformação reflita na vida de quem me contorna de forma positiva. Não vou ser a mudança que quero para o mundo, vou ser a mudança que quero para mim. Controle, pensamento, disciplina, amadurecimento e ponderamento.

E para finalizar, o episódio três do meu podcast fala um pouco sobre como precisou de um estopim para que atitudes e mudanças entrem nos planos principais da minha vida. Aproveitem, espero que curtam (ah, eu não estava drogado, estava com sono. haha) Até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

HIGOR CASAGRANDE © , All Rights Reserved. BLOG DESIGN BY Sadaf F K.